Hoje pela manha, quando entrei no meu banheiro, vi uma barata, daquelas que tem asas. Olhei para ela com um olhar ameaçador e ela correu em direção ao ralo, para tentar fugir; corri atrás pegando meu chinelo. A Encurralei no canto do banheiro, lhe dei uma chinelada quase fatal, ela ficou com os bofes pra fora e mesmo assim correu um pouco mais. Eu não queria esmagá-la, para não sujar o piso do banheiro, então a coloquei em uma pá e levei para o quintal, enquanto caminhava com a pá na mão, ela se retorcia, mexendo as cinco patas que ainda tinha, por que uma ficou no banheiro.
O meu principal desejo naquele momento era me livrar logo daquela barata, a joguei no chão, ela correu desesperada para não morrer, peguei um graveto fino de madeira para matá-la; Pois não queria sujar ainda mais o meu chinelo, furei a barata bem no meio, como um guerreiro que atravessa o inimigo com uma espada. Ela me olhava com um olhar desafiador, de quem não iria morrer fácil, um olhar de quem tentaria sobreviver até o fim. Foi nessa momento que pensei.
Nós seres humanos não temos respeito pela vida, nus importamos com uma barata que passa do nosso lado. E ignoramos os seres humanos que vivem em situação de miséria. Usamos da força para abater os mais fracos e o progresso para destruir a natureza e os animais. Porque matar, só porque é uma barata nojenta, asquerosa e inútil merece morrer?
Splash...
Merece!